sábado, 5 de abril de 2008

Oficina



Musicalização, percepção e linguagem

Síntese:


A falta de reflexão e reconhecimento da dimensão corpórea e da historicidade que relaciona o humano culturalmente, faz com que muitas vezes não se reconheça as possibilidades relacionadas à corporeidade. Aqui utilizamos o conceito de música como “Jogo”, como relação de troca e reconhecimento do “outro” dentro de uma linguagem e regras próprias. Neste curso pretendo unir um exercício de ação e reflexão a respeito da questão da corporeidade dentro do contexto histórico sócio-cultural, da musicalidade como jogo relacional apoiado em uma linguagem que exige, para sua fundamentação, o reconhecimento do corpo como principal elemento de expressão.

A proposta desse curso nasceu, sobretudo, pela minha vivência e trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais ao longo dos últimos oito anos, através de atividades musicais e jogos teatrais, bem como experiências diversas com grupos de teatro e música.

Essa vivência e observação foi descrita e explicitada em um trabalho acadêmico com o título “ÉTICA NA PESQUISA”, que está para ser publicado em breve, feito com o grupo de pesquisa fenomenológicas do Departamento de Filosofia da UFES, dirigido pelo Prof. Dr. Edebrande Cavalieri, com apoio do CNPq, tendo como sub-título “ÉTICA NA EDUCAÇÃO: A QUESTÃO DO OUTRO”, que será disponibilizado aos participantes.

Este curso está fundamentado em atividades que unem elementos musicais e cênicos, através de expressões culturais do imaginário popular, de jogos musicais, rítmicos, instrumentos de percussão, canto e dança. Cirandas, toadas, maracatus, cordéis, contos, poesia, congo, jongo e outras manifestações, servem como ponto de apoio para se devolver ao elemento corpóreo a importância na fruição de uma linguagem que é própria do homem. Propomos - paralelamente às atividades práticas - uma reflexão sobre a historicidade cultural do corpo, sobre o sentido da linguagem em suas diversas acepções, sobre as várias formas de significação e constituição da música como elemento cultural, do questionamento do mito da “música como linguagem universal” e da fundamentação de uma ética do reconhecimento do “Outro” como fundamentação das relações humanas.

Conteúdos

1- Prática
- Percepção rítmica e sonora
- Identificando compassos, dinâmicas e timbres
- Entendo as formas musicais e explorando células rítmicas
- Execução de instrumentos de percussão
(Tambores, pandeiros, chocalhos, etc)
- Execução de canções populares
- Diferenciação de estilos e construção de repertório
- Cantos populares, rodas e cirandas
- Identificando e diferenciando música barroca, clássica, romântica, impressionista, expressionista, eletrônica e concreta.

2- teoria
- Historicidade do corpo e as ideologias de negação
- O fundamento da linguagem como jogo interativo
- O mito da música como “linguagem universal”
- Reflexões sobre a corporeidade e a sexualidade, relacionados à psicologia e à pedagogia, tendo como base os textos “O corpo como ser sexuado” e “O corpo como expressão e a fala”, extraídos do livro “Fenomenologia da Percepção” de Maurice Merleau-Ponty.
- O reconhecimento do Outro
- Debate sobre o vídeo-documentário “Janela da Alma”
Público Alvo:
Educadores, atores, músicos, bailarinos e pessoas interessadas

Duração:
12 hs - 04 encontros aos sábados
Datas: 05, 12, 19 e 26 de Abril – Horário: 9:00 às 12:00 h
Rua Professor Baltazar, 152 – Centro – Vitória - ES
Email:9244-7707
ORKUT: Fraga Ferri – BLOG: www.fragaferri.blogspot.com
VAGAS LIMITADAS

Valor:
R$ 150,00
(Pagamento em 2x de R$ 75,00 - 1ª no ato de inscrição e 2ª até o início do curso)

Instrutor: Fraga Ferri - músico, artista cênico, professor e diretor de teatro (atuou na Oficina Artes de Vitória, Colégio Darwin e Leonardo da Vincci); elaborou e coordenou em 2006 curso de capacitação de artes para os professores da APAE-Vitória; produtor musical e arranjador (coordenou e dirigiu o Festival Vitória em Canto 2007); Ministrou palestra “Arte e Criatividade” para professores da rede pública de Vitória; Coordenou e elaborou em 2005 a “I Semana de Música de Jaguaré”, onde foram realizados cursos, oficinas e debates, durante o Festival de Música da Cidade; Professor de harmonia, composição e improvisação musical; atuou como professor e supervisor no Projeto de Arte-educação inclusiva “Integrartes” (parceria Oficina Artes de Vitória e Secretaria de Educação/PMV); Parceria com o grupo de Artes Cênicas “Companhia Folgazões” e das Bandas “Sonoris Causa” e “A Fábula”; graduando em Filosofia pela UFES e pesquisador em Fenomenologia pelo CNPq.

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